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Equipamentos da Ufes ajudam pacientes com dificuldade para andar

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Caio Rodriguez testando o Lokomat. Foto: Divulgação

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) acaba de receber um equipamento de alta tecnologia para o desenvolvimento de pesquisas para a recuperação do movimento de caminhar em pacientes com disfunção da marcha. O paciente Caio Rodriguez, de 29 anos, que sofreu lesão na medula há quatro anos e não movimenta as pernas, foi o primeiro a testar o Lokomat na Clínica Escola Interprofissional em Saúde da Ufes.

O foco da pesquisa envolve a recuperação do movimento a partir do equipamento robótico de reabilitação de marcha, produzido pela indústria suíça Hokoma. O Lokomat pode ser acoplado a um paciente que sofreu danos no sistema nervoso para fazê-lo andar sobre uma esteira. O movimento realizado, sob a orientação de fisioterapeutas, é semelhante ao natural, e contribui para estimular áreas do cérebro relacionadas ao processo fisiológico do caminhar.

O jovem fez uma sessão de 30 minutos no equipamento e ficou muito animado. “Foi fantástico. É um privilégio termos a oportunidade de fazer um tratamento de alto nível aqui no Espírito Santo. É uma alegria muito grande poder vislumbrar a melhoria da qualidade de vida do meu filho e de tantas pessoas que sofrem com as barreiras da falta de acessibilidade, do capacitismo e do desrespeito aos direitos das pessoas com deficiência”, afirma Caio.

“A fisioterapeuta da empresa fabricante veio ao estado para treinar a equipe que utilizará o Lokomat. Convidamos três pacientes para testar a máquina. Em um dos pacientes, que ficou paraplégico devido a lesão com arma de fogo, foi possível testar o equipamento e observar como funciona em todo o corpo”, afirma Zanela.

O professor, que havia visitado a fábrica suíça antes de receber o Lokomat, acrescenta que há evidências científicas de avanços no tratamento com o uso do equipamento. “É um equipamento caro, custa cerca de R$ 1,5 milhão, mas as evidências apontam bons resultados em casos agudos recentes, com a aceleração da recuperação da marcha em pacientes vítimas de acidente cardiovascular cerebral (AVC)”, detalha.

O Espírito Santo é um dos poucos estados que possui o Lokomat. A tecnologia só estava em operação, até então, em São Paulo, Goiás e Rio Grande do Norte. O Lokomat está no Clínica Escola Interprofissional em Saúde da Ufes, sob responsabilidade dos fisioterapeutas Fernando Zanela e Lucas Nascimento, professores do Departamento de Educação Integrado em Saúde. A tecnologia foi adquirida com recursos de emenda parlamentar do ex-deputado federal Felipe Rigoni, a partir de edital público de seleção.

Na Ufes, além desse equipamento, os recursos da emenda parlamentar (no total de R$ 2,5 milhões) possibilitaram também a aquisição de uma esteira adaptada para pacientes neurológicos com suporte parcial de peso e de um sistema de análise de movimento humano de última geração, com oito câmeras com luz infravermelha, que capta de forma detalhada as disfunções de movimento que dificultam a recuperação das funções e da marcha, possibilitando ao fisioterapeuta orientar a pessoa em tratamento com mais precisão.

Além das pesquisas, os professores pretendem, futuramente, promover ações de extensão e atendimento junto à comunidade capixaba. A partir de estudos liderados por Zanela e Nascimento, os equipamentos adquiridos serão utilizados para orientar pacientes que tiveram traumatismo craniano encefálico, doença de Parkinson, AVC e outras doenças neurológicas que impactam o ato de caminhar. “Temos interesse em expandir não só as pesquisas, mas também os atendimentos à comunidade. No entanto, para isso, precisaremos de parcerias”, relatou Zanela.

As informações são do Portal ES 360.

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