As emoções são parte essencial da vida em sociedade, ou seja, a alegria, a raiva e todas as outras sensações que vivenciamos diariamente são naturais no nosso cotidiano. Entre esses sentimentos, existe a inveja, que, em síntese, é a vontade de ter o que o outro tem.
“Nas relações sociais, a competitividade e as comparações são as principais causas para o surgimento da inveja”, diz Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT. “O interessante é que mesmo sendo um sentimento natural, pouca gente admite sentir inveja, já que, além de ser uma sensação socialmente estigmatizada, o sentimento só existe se a pessoa se sente em desvantagem perante outra pessoa”, comenta o especialista.
Segundo Colombini, compreender os próprios sentimentos e o gatilho deles é fundamental para buscar o equilíbrio emocional. “O que realmente importa não é se você sente ou não inveja, mas, sim, o que a provoca”, explica Colombini.
A dica do especialista, portanto, é, ao vivenciar a sensação, tentar identificar o que causou a inveja, evitando lutar contra o sentimento. “A negação, normalmente, só faz aumentar a intensidade do problema”, conclui o psicólogo.
Muitas vezes, o sentimento de inveja está ligado à baixa autoestima, por isso, o apoio de um especialista pode ajudar o invejoso a gerenciar melhor a sensação. “Muitas comparações na infância e na adolescência feitas por familiares, que, em geral, têm a ver com relações tóxicas, acabam criando um ideia negativa sobre si mesmo e uma grande dificuldade em reconhecer o próprio valor”, afirma Colombini.
“Por isso, o acompanhamento de um profissional da saúde mental é importante para ajudar a pessoa a lidar com a auto imagem, sendo que o profissional poderá ensinar técnicas de regulação emocional para os momentos em que sentimentos incômodos como a inveja aparecerem”, recomenda.
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