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Morte de corredor após parada cardíaca: O relato de quem auxiliou o socorro

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O Programa Dani-se Vou Correr, na Rádio BandNews Espírito Santo, exibiu, neste sábado, 11 de janeiro, o relato de uma integrante do grupo que estava descendo o Morro do Moreno no momento em que Leonardo Dias, corredor que morreu cinco dias após ter sofrido uma parada cardiorrespiratória, caiu na calçada passando mal.

Raquel Farias, juntamente com seu marido e alguns amigos, foram os responsáveis por prestar os primeiros socorros ao Leonardo durante o período em que aguardavam o resgate do SAMU. Ela conta com detalhes como foi estar ali no momento e como eles agiram para ajudar.

Era por volta de 5 horas da manhã quando eu, meu esposo, um grupo de familiares e uns irmãos da igreja subimos o Morro do Moreno. Só que na hora de descer, ao invés de a gente descer pela trilha normal que a gente subiu, pela estrada, nós sentimos desejo de descer pela outra trilha. É uma trilha que tem na lateral com a placa escrito “João Moreno”, que dá acesso para descer pela estrada de chão e acessar a região do Exército.

Grupo de Raquel Farias no Morro do Moreno antes do socorro ao corredor Leonardo Dias

A QUEDA NA CALÇADA

E quando nós estávamos nos aproximando, chegando embaixo da Terceira Ponte, nós vimos um rapaz, um homem, vindo na nossa direção, assim, correndo, ele iria subir pra parte onde a gente estava, só que, quando a gente olhou, ele parou no meio da rua, olhou pra um lado, olhou pro outro, procurou um meio fio, assim, pra sentar, sentou no meio fio e já caiu com o rosto virado pra calçada. Nisso, meu esposo olhou e falou assim: “tem um homem caído… o homem caiu, tem um homem caído ali”. E aí, nisso, já saiu correndo meus primos, saíram correndo, meu esposo e nós fomos em direção a ele.

“PENSAMOS QUE ERA CONVULSÃO”

E quando a gente chegou aonde ele estava caído, a primeira coisa que a gente imaginou foi que ele estivesse tendo uma convulsão, só que, em seguida, nós identificamos, assim, pela boca dele, dava pra perceber que não era uma convulsão, mas ele já estava num estágio de não conseguir falar, ele estava puxando o fôlego com muita dificuldade, num espaçamento cada vez menor, ele não conseguia falar nada, ele não conseguia mais abrir os olhos, e isso a gente ficou controlando a pulsação dele e tentando entender por onde a gente começava a ajudá-lo. 

SAMU FOI ACIONADO E INÍCIO DA MASSAGEM CARDÍACA

Nisso, tinha duas moças que estavam subindo de bicicleta também, viram a situação, enquanto a gente estava com ele na calçada, elas já começaram a ligar pro Samu, e elas estavam com o Samu no telefone, e a gente ali segurando a cabeça dele, outro segurando a perna, né, pra ver se ajudava na circulação, e aí o Samu começou a indicar que a gente deveria virar ele pra cima, iniciar a massagem cardíaca, e aí começamos um revezamento da massagem cardíaca.

ORAÇÃO E socorro

Os meninos foram revezando, fazendo a massagem cardíaca, e eu e as meninas, a gente começou ali a orar, a interceder por ele, pela situação, pela circunstância, porque nessas horas, nesse momento assim, a gente tem uma sensação de muita impotência, né? 

SEM DOCUMENTOS

Não tinha também nenhum documento com ele, então a gente não sabia nome, não sabia como identificar, e demorou aí por volta de uns 15 minutos, assim, que eu consigo me recordar, em média, para primeira ambulância do Samu chegar, e em seguida chegou uma outra ambulância com uma médica, que a primeira ambulância tinha chegado só os socorristas, e aí eles começaram o procedimento de resgate, né, com aquele aparelho que coloca no peito, assim, só que ali nesse momento ele já não tava respondendo mais, né… E em seguida fizeram todo o resgate com ele ali na calçada mesmo, e colocaram ele na maca, a gente entregou os pertences pro pessoal da ambulância.

UMA LIÇÃO

Raquel Farias e o marido na Trilha João Moreno no Morro do Moreno

E aí em seguida a gente já ficou sem contato, né, sem saber o nome, sem saber quem era, pra onde tava levando, e toda essa circunstância, toda essa situação fez com que eu e o pessoal que estava comigo, a gente refletisse o quão breve é a nossa vida, o quanto a gente precisa estar preparado pra passar por um momento como esse, o quanto a gente precisa estar em Deus, estar com o nosso coração em Deus, estar com a nossa vida alinhada com o Senhor, pra que numa hora dessa, num momento desse, pelo menos fique essa sensação de paz, para os familiares que vão ficar, enfim…

E isso tudo deixou essa lição pra gente também, assim, até mesmo pra gente que gosta de praticar atividade física, de estar ali com um documento, com algum documento que trouxesse uma notícia pra quem tava ali socorrendo, ou como entrar em contato com algum familiar, enfim, que Deus possa de alguma maneira confortar e consolar, os familiares que ficaram e fica essa lição pra gente.

 


O Programa Dani-se. Vou Correr, é apresentado – ao vivo – pela jornalista Dani Künsch, aos sábado, das 9h às 10h, na Rádio BandNews Espírito Santo (90.1 FM).

COMO OUVIR

AO VIVO | Você pode acompanhar o Programa Dani-se. Vou Correr na Rádio BandNews Espírito Santo, na frequência 90.1 FM, através do site e/ou do aplicativo de celular “Band Rádios”, disponível para Android e IOS/Iphone. Pelo aplicativo, basta selecionar a estação “Vitória” após clicar no ícone da BandNews FM.

NO SPOTIFY | Para acompanhar o programa gravado, basta seguir o PodCast Dani-se. Vou Correr no Spotify.

PARTICIPAÇÃO DO OUVINTE

E você pode participar do programa enviando a sua sugestão de pauta e contando seus “corres” para a Dani e para os ouvintes! Mande sua mensagem para o WhatsApp do Programa (27) 98111-5444 contando qual é a sua relação com a corrida e para o quê você precisa dizer “Dani-se. Vou Correr”?

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