Após dois anos de pandemia do Covid-19, muitos estudos têm sido feitos para decifrar o vírus e suas sequelas. Diversas doenças tem sido ocasionadas pelo vírus que é respiratório, mas que tem afetado outros órgãos do corpo.
Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos revelaram após um estudo – publicado no periódico científico Nature – que a infecção causada pela Covid-19 aumenta os riscos do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e aponta que a probabilidade de problemas no coração aumenta até mesmo entre os pacientes que apresentaram casos leves da doença.
“Os riscos de ocorrer um infarto, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) tem sido maior e estamos percebendo este fator em diversas pesquisas”, aponta a pneumologista Jessica Polese.
A médica, que também faz parte de grupo de pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) sobre Covid, diz que tem acompanhado muitas pesquisas tanto de fora do país quanto daqui. “Os pacientes que tiveram as formas graves da Covid-19 são os mais propensos a ter complicações a longo prazo”, afirma a médica.
Os pesquisadores da Universidade de Washington acompanharam 153 mil indivíduos que tiveram Covid-19 e se curaram. Foi averiguado que um ano após a Covid-19, todos os pacientes independente da forma da doença, tiveram um aumento significativo de complicações cardíacas ou doenças que afetam o coração e vasos.
Para Jessica, “os trabalhos estão mostrando que o paciente tem problemas cardiovasculares e metabólicos tardios, e isto é muito sério, dois anos depois as pessoas estão morrendo de infarto e doença cardiovascular, principalmente os que tiveram doenças mais graves, mas também nas formas lentas, morrendo muito menos quem teve formas leves da doença”, afirma.
Ela ainda orienta que é muito importante se vacinar. “Precisamos completar o esquema vacinal e vacinar as crianças! A certeza que temos é que a vacina salva vidas e previne formas mais graves do Covid, então esta é a única forma de nos prevenir contra a doença, e contra estas complicações e sequelas que o vírus tem deixado em nosso organismo”, ressalta a pneumologista.
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