Coberturas 2023Programa Dani-se. Vou CorrerProvas

Novidades do DVA (Desafio Vitória Anchieta) com percursos de 100k, 69k+, 50k

0

Já começaram a ser abertas as inscrições para o DVA, maior ultramaratona e corrida de revezamento do Espírito Santo, que será realizada no dia 06 de maio. Na edição comemorativa de 2023, são três opções de percursos – 100k com largada no Tancredão, em Vitória, 69k ou mais, partindo da Barra do Jucu, e 50k, com início na Praia de Setiba, em Guarapari.

Em entrevista ao Programa Dani-se. Vou Correr, na Rádio BandNews Espírito Santo, neste sábado, 11 de fevereiro, o organizador do evento, Alen Brandizzi, revelou algumas novidades para a prova, que pode ser feita na cartegoria solo nas três distâncias e em equipes formadas por quatro, seis e até oito pessoas para percorrer os mais de 100k.

Há dez anos, o DVA mobiliza os corredores em um formato de corrida revezamento muito peculiar. Com a obrigatoriedade de um carro de apoio e de uma equipe de staff para auxiliar os atletas, a maior ultramaratona e corrida de revezamento do Espírito Santo promove uma sinergia entre os corredores e uma competição saudável cheia de desafios em um percurso de tirar o fôlego.

Entre as novidades para esse ano está a travessia dos atletas de barco na Praça do Papa. Nas edições anteriores, após largar na Praia de Camburi, para acessar o percurso em Vila Velha, os corredores entravam em seus carros de apoio e cruzavam a Terceira Ponte dentro do veículo. Para 2023, a organização está providenciando essa novidade no transporte.

Ouça a entrevista na íntegra e comece a se preparar para o DVA!

 

 

 

A corrida tem como cenário as praias que contornam o litoral da Grande Vitória (Guarapari, Vila Velha e Vitória) e esbanja belezas naturais ao longo dos percursos. Praias paradisíacas, trilhas, morros, trechos de areia, asfalto e calçadão, além de compor o visual, acrescentam dificuldades no trajeto e exigem a superação daqueles que aceitam o desafio.

A competição reúne atletas com diferentes perfis de preparos físicos, devido ao número de competidores por equipe e a diversificação das categorias. Além disso, os inscritos se organizam e montam um esquema de transporte para facilitar o trajeto dos corredores próximo aos postos de troca das equipes de revezamento. É obrigatório o uso de carro de apoio não fornecido pelo evento.

Sem dúvida, o grande diferencial do DVA é o espírito de equipe. “A prova é maior do que a organização. A gente tem a ideia, o trabalho de montar a estrutura e de dar a segurança, mas o grande diferencial é que as equipes, assessorias esportivas e as pessoas saem fortalecidas da prova”, explica Brandizzi.

Além disso, o DVA apresenta aos corredores trechos turísticos ainda não explorados, embora acessíveis. “Vendemos a região mais bonita do Espírito Santo! Os corredores têm a oportunidade de conhecer praias do litoral capixaba que o grande público de turistas que visitam o Estado não conhece normalmente, mesmo sendo áreas acessíveis”.

Atenção ao percurso! Ao todo, os participantes irão passar por vários pontos de troca, onde serão feitos os revezamentos dos atletas. O percurso da competição possui diversos trechos de areia de praias e rodovia. O trajeto considerado mais difícil é o que passa pelo Parque Cézar Vinha, que possui cerca de 8,9 quilômetros apenas de areia.

Através de GPS, a organização é informada sobre a situação de cada atleta: quando anda, pára, se entrou no carro de apoio e pegou carona, a que velocidade vai, etc. “Não adianta o atleta correr o mais rápido possível. Ele tem que passar efetivamente pelos trechos demarcados no mapa. Ou seja, além de conhecer o percurso ou de ter acesso ao mapa, é preciso ficar atento às marcações no solo e no asfalto, com setas indicativas”, alerta o organizador.

O GPS, segundo Alen Brandizzi, possui entre 150 e 220 pontos. Mede curva a curva. São dois equipamentos que controlam todo o deslocamento do corredor e os dados ficam disponíveis online pelo aferidor em até três dias após a prova.

“Desde que implantamos o GPS, o número de corredores que burlam ou cortam o caminho reduziu bastante, pois eles sabem que a punição é severa e limpa. Atinge a todos. Teve ano que os vencedores da prova cortaram o caminho, mesmo sem saber, foram desclassificados. O GPS, em 95% do percurso, mostra com precisão. Apenas em 5% ele tem alguma variação, mas que é corrigida por um segundo equipamento, que mostra que o trajeto original foi preservado”, detalha Alen.

Percurso e sentido da prova – O trajeto do DVA vem sendo aperfeiçoado a cada ano. Desde 2013, quando foi criada, a corrida sofreu alterações para garantir ainda mais a segurança dos atletas. Como por exemplo, a retirada do trecho da avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, com grande fluxo de veículos, e a substituição pela passagem via Terceira Ponte com os atletas utilizando os carros de apoio para fazer a travessia de um dos principais cartões postais capixabas. Em 2023, como anunciado, a travessia será por barco, mais uma novidade do DVA.

O sentido da prova também é alterado de acordo com a avaliação da organização. Essa edição terá a largada em Vitória e chegada em Anchieta. Em outras edições, os atletas saíram da cidade histórica que abriga o Santuário Nacional São José de Anchieta com destino à capital capixaba. “A inversão do percurso não tem um padrão a ser seguido. A gente sempre avalia o que mais funciona no ano. O que a gente mais quer é que a prova gere segurança. A ideia é que o percurso vá mudando, se ajustando e passando por perfis mais fáceis para o corredor não se perder e ser mais seguro do ponto de vista corporal, onde os atletas consigam ter um equilíbrio entre a intensidade do esforço físico e a sua duração”, explica o organizador.

Processo de seleção de ultramaratonistas – O organizador do DVA, Alen Brandizzi, é conhecido pelo rigor na avaliação do processo de aceitação de inscrição dos ultramaratonistas nas categorias solo. Postura que, segundo ele, é adotada única e exclusivamente visando garantir a segurança dos participantes. “Exijo que o atleta comprove a conclusão de treinos e provas oficiais compatíveis com as distâncias do DVA. Não adianta comparar maratona, que tem 42km, em percurso plano, com uma prova como o DVA que passa por trechos com terra, pedra, areia e calor. A prova é muito mais pesada do que as pessoas ousam a acreditar”, esclarece Alen.

Inspirações – Dois eventos – um “dentro de casa” e outro no sul do país – inspiraram o organizador Alen Brandizzi a criar a maior ultramaratona do Espírito Santo. Segundo ele, Passos de Anchieta, tradicional caminhada que reconstitui a trilha habitualmente percorrida pelo Padre Anchieta nos seus deslocamentos da Vila de Rerigtiba, atual cidade de Anchieta, à Vila de Nossa Senhora da Vitória, na capital Vitória, foi a primeira inspiração.

“A ideia do formato da prova nasceu a partir do desejo que eu tinha de fazer, correndo, o Passos de Anchieta. Já conhecia algumas provas de longas distâncias, inclusive de nível internacional, e achei que o Passos de Anchieta poderia se transformar em uma corrida. Essa foi a primeira inspiração. A segunda veio há nove anos quando conheci a Volta a Ilha de Florianópolis. Percebi que o formato se encaixava perfeitamente naquilo que eu tinha idealizado para o Espírito Santo. Ouvi muitos “nãos”, mas consegui realizar o projeto piloto e hoje já estamos na sétima edição”, diz Alen.

A prova piloto do Desafio Vitória Anchieta foi realizada em 2011 com apenas cinco equipes participantes. Apenas três concluíram. A primeira edição oficial ocorreu em 2013.

Estrutura – A organização da prova movimenta dezenas de pessoas. As prefeituras das cidades dão apoio com efetivo no trânsito, Bombeiros e Polícia Militar. Apesar da prova não deixar impacto de lixo por onde passa, já que não há distribuição de copinhos e garrafas, ela gera volume no trânsito de pessoas nas cidades.

Por isso, nos pontos de controle, equipes de staff ficam posicionadas para dar informações aos corredores, desde a existência de perigos no trajeto, alterações de percurso, fluxo de veículos e etc.

DVA DESAFIO VITÓRIA ANCHIETA
Percursos: 100k (Vitória a Anchieta), 69k+ (Barra do Jucu, em Vila Velha, a Anchieta) e 50k (Setiba, Guarapari, a Anchieta)
Categorias: Solo, quarteto, sexteto e octeto
Data: 06 de maio
Inscrições
Regulamento

Helayne Montebelo | A Runner Soul já está treinando para o DVA

Previous article

Samba da Panturrilha: Corredor Gilson Soares transformou lesão em música

Next article

Comments

Popular Posts

Login/Sign up
X