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DVA: inscrições abertas para 85k e 50k de Guarapari a Vitória

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Já estão abertas as inscrições para o DVA, maior ultramaratona e corrida de revezamento do Espírito Santo, que será realizada no dia 27 de abril. Para 2019, são duas opções de percursos – 85k, com largada em Meaípe, e 50k, com início em Setiba. Junte seus amigos da academia ou do grupo de corrida e faça logo a sua inscrição. As vagas são limitadas a 700 inscritos.

A corrida tem como cenário as praias que contornam o litoral da Grande Vitória (Guarapari, Vila Velha e Vitória) e esbanja belezas naturais ao longo dos percursos. Praias paradisíacas, trilhas, morros, trechos de areia, asfalto e calçadão, além de compor o visual, acrescentam dificuldades no trajeto e exigem a superação daqueles que aceitam o desafio.

A primeira largada será dada às 5h40, na Praia de Meaípe, em Guarapari. A chegada é no final da orla de Camburi, na capital capixaba. Para dar conta de todo o percurso, 130 equipes serão formadas com dois a oito integrantes que devem dividir os trechos a serem percorridos de acordo com as suas habilidades, conhecimento e preparo físico. Também há vagas para aqueles que querem encarar o trajeto na categoria solo das duas distâncias – 85k e 50k.

A competição reúne atletas com diferentes perfis de preparos físicos, devido ao número de competidores por equipe e a diversificação das categorias. Além disso, os inscritos se organizam e montam um esquema de transporte para facilitar o trajeto dos corredores próximo aos postos de troca das equipes de revezamento. É obrigatório o uso de carro de apoio não fornecido pelo evento.

Sem dúvida, o grande diferencial do DVA é o espírito de equipe. “A prova é maior do que a organização. A gente tem a ideia, o trabalho de montar a estrutura e de dar a segurança, mas o grande diferencial é que as equipes, assessorias esportivas e as pessoas saem fortalecidas da prova”, explica Brandizzi.

Além disso, o DVA apresenta aos corredores trechos turísticos ainda não explorados, embora acessíveis. “Vendemos a região mais bonita do Espírito Santo! Os corredores têm a oportunidade de conhecer praias do litoral capixaba que o grande público de turistas que visitam o Estado não conhece normalmente, mesmo sendo áreas acessíveis”.

Atenção ao percurso! Ao todo, os participantes irão passar por 12 pontos de troca, onde serão feitos os revezamentos dos atletas. O percurso da competição possui diversos trechos de areia de praias e rodovia. O trajeto considerado mais difícil é o que passa pelo Parque Cézar Vinha, que possui cerca de 8,9 quilômetros apenas de areia.

Através de GPS, a organização é informada sobre a situação de cada atleta: quando anda, pára, se entrou no carro de apoio e pegou carona, a que velocidade vai, etc. “Não adianta o atleta correr o mais rápido possível. Ele tem que passar efetivamente pelos trechos demarcados no mapa. Ou seja, além de conhecer o percurso ou de ter acesso ao mapa, é preciso ficar atento às marcações no solo e no asfalto, com setas indicativas”, alerta o organizador.

O GPS, segundo Alen Brandizzi, possui entre 150 e 220 pontos. Mede curva a curva. São dois equipamentos que controlam todo o deslocamento do corredor e os dados ficam disponíveis online pelo aferidor em até três dias após a prova.

“Desde que implantamos o GPS, o número de corredores que burlam ou cortam o caminho reduziu bastante, pois eles sabem que a punição é severa e limpa. Atinge a todos. Teve ano que os vencedores da prova cortaram o caminho, mesmo sem saber, e foram desclassificados. O GPS, em 95% do percurso, mostra com precisão. Apenas em 5% ele tem alguma variação, mas que é corrigida por um segundo equipamento, que mostra que o trajeto original foi preservado”, detalha Alen.

Percurso e sentido da prova – O trajeto do DVA vem sendo aperfeiçoado a cada ano. Desde 2013, quando foi criada, a corrida sofreu alterações para garantir ainda mais a segurança dos atletas. Como por exemplo, a retirada do trecho da avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, com grande fluxo de veículos, e a substituição pela passagem via Terceira Ponte com os atletas utilizando os carros de apoio para fazer a travessia de um dos principais cartões postais capixabas.

O sentido da prova também é alterado de acordo com a avaliação da organização. Essa será a quarta edição com a chegada em Vitória. Em outras duas, os atletas saíram da capital capixaba com destino à cidade histórica que abriga o Santuário Nacional São José de Anchieta. “Avaliamos que a prova nesse sentido fica bem rápida e melhora o controle da organização, gerando menos impacto. A inversão do percurso não tem um padrão a ser seguido. A gente sempre avalia o que mais funciona no ano. O que a gente mais quer é que a prova gere segurança. A ideia é que o percurso vá mudando, se ajustando e passando por perfis mais fáceis para o corredor não se perder e ser mais seguro do ponto de vista corporal, onde os atletas consigam ter um equilíbrio entre a intensidade do esforço físico e a sua duração”, explica o organizador.

Processo de seleção de ultramaratonistas – O organizador do DVA, Alen Brandizzi, é conhecido pelo rigor na avaliação do processo de aceitação de inscrição dos ultramaratonistas nas categorias solo. Postura que, segundo ele, é adotada única e exclusivamente visando garantir a segurança dos participantes. “Exijo que o atleta comprove a conclusão de treinos e provas oficiais compatíveis com as distâncias do DVA. Não adianta comparar maratona, que tem 42km, em percurso plano, com uma prova como o DVA que passa por trechos com terra, pedra, areia e calor. A prova é muito mais pesada do que as pessoas ousam a acreditar”, esclarece Alen.

Inspirações – Dois eventos – um “dentro de casa” e outro no sul do país – inspiraram o organizador Alen Brandizzi a criar a maior ultramaratona do Espírito Santo. Segundo ele, Passos de Anchieta, tradicional caminhada que reconstitui a trilha habitualmente percorrida pelo Padre Anchieta nos seus deslocamentos da Vila de Rerigtiba, atual cidade de Anchieta, à Vila de Nossa Senhora da Vitória, na capital Vitória, foi a primeira inspiração.

“A ideia do formato da prova nasceu a partir do desejo que eu tinha de fazer, correndo, o Passos de Anchieta. Já conhecia algumas provas de longas distâncias, inclusive de nível internacional, e achei que o Passos de Anchieta poderia se transformar em uma corrida. Essa foi a primeira inspiração. A segunda veio há nove anos quando conheci a Volta a Ilha de Florianópolis. Percebi que o formato se encaixava perfeitamente naquilo que eu tinha idealizado para o Espírito Santo. Ouvi muitos “nãos”, mas consegui realizar o projeto piloto e hoje já estamos na sétima edição”, diz Alen.

A prova piloto do Desafio Vitória Anchieta foi realizada em 2011 com apenas cinco equipes participantes. Apenas três concluíram. A primeira edição oficial ocorreu em 2013.

Estrutura – A organização da prova movimenta dezenas de pessoas. As prefeituras das cidades dão apoio com efetivo no trânsito, Bombeiros e Polícia Militar. Apesar da prova não deixar impacto de lixo por onde passa, já que não há distribuição de copinhos e garrafas, ela gera volume no trânsito de pessoas nas cidades.

Por isso, nos pontos de controle, equipes de staff ficam posicionadas para dar informações aos corredores, desde a existência de perigos no trajeto, alterações de percurso, fluxo de veículos e etc.

DVA
Percursos: 85k (Meaípe a Vitória) 50k (Setiba a Vitória)
Categorias: Solo, dupla, trio, quarteto, quinteto, sexteto e octeto
Data e horário da prova: 29 de abril a partir das 5h40
Inscrições
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