Hoje começamos o programa Dani-se. Vou Correr na Rádio BandNews Espírito Santo (90.1FM) respondendo a um questionamento muito comum para os iniciantes na corrida. O que é melhor: correr ao ar livre ou na esteira? Antes de começar a prática desse exercício, é importante entender quais são os benefícios e os riscos de usar ou não um equipamento para correr e, claro, escolher qual a opção mais confortável para você.
No asfalto, na trilha, ao ar livre, dentro de casa, ou na academia, sozinho ou acompanhado, a gente já sabe que a corrida é democrática e ideal para todos os tipos de pessoas, com as mais diferentes personalidades. E essa escolha, entre a esteira e a rua, não precisa ser definitiva. Você pode escolher a esteira em um dia e no outro estar na rua. O importante é conseguir executar a dinâmica da corrida e, claro, sentir prazer correndo!
Há especialistas e estudos que afirmam que entre os benefícios de correr na rua estão o aumento da resistência e da força e, consequentemente, a melhora da técnica da corrida. Já na esteira, além da comodidade e de uma maior percepção dos movimentos – como a pisada, o balanço dos braços e o controle da respiração – é possível você controlar com mais exatidão a intensidade e a velocidade do treino. Sem contar que com o trabalho do aparelho, o impacto é menor e o risco de lesão e de acidentes diminui.
Existem ainda diferenças na mecânica da corrida. Na esteira você só precisa se preocupar em correr na vertical. Já na rua, o ideal é que você projete o corpo um pouco para a frente.
Bom, pra ajudar a gente a entender melhor todos esses aspectos técnicos, a coluna FALA, TREINADOR! convidou o professor de Educação Física e treinador de corrida, Christian Rosa, para explicar os benefícios e riscos durante o uso do aparelho.
ESCOLHA A OPÇÃO MAIS CONFORTÁVEL PARA VOCÊ!
Espero que vocês tenham gostado das dicas do treinador e o meu conselho pra você que está começando ou querendo começar é o seguinte: escolha o tipo de corrida que você gosta e da maneira com a qual você vai ter mais chances de continuar ou seja de permanecer correndo. No meu caso, tem dias que eu preciso estar ao ar livre, olhando as pessoas, interagindo com o ambiente, vendo o mar, enfim. Mas tem dias que eu só quero cumprir o treino que está na planilha de forma bem objetiva. Então a esteira é a minha melhor escolha. Programo a velocidade, já tenho uma estimativa do tempo que eu vou terminar e pronto: não me distraio com nada, além da música no fone de ouvido.
RECORDE BRASILEIRO DE CORRIDA NA ESTEIRA
Essa semana eu estava estudando e lendo alguns artigos sobre corrida na esteira e lembrei de um recorde que foi batido pelo ultramaratonista brasileiro Marcio Villar em 2015. Imagina o seguinte: ele ficou SETE DIAS CORRENDO NA ESTEIRA. Foram 827,16 quilômetros percorridos (quase 20 maratonas). Ao longo desses 7 dias, ele dormiu 18 horas. Parava apenas para comer e fazer algumas necessidades.
O Guinness Book montou uma estrutura de monitoramento com quatro câmeras, dentro de um shopping no Rio de Janeiro, e ele ficou esse tempo todo, acompanhado de familiares e de curiosos que incentivavam a quebra do recorde. Foi uma festa bem legal, eu acompanhei online, foi emocionante. Na época, uma das frases que ele disse logo após concluir o desafio foi: “Podem me chamar de louco e de suicida, mas isso é amor e dedicação pela corrida. Eu consegui, realizei um sonho”.
Muito legal essa história… e aí durante essa pesquisa eu encontrei muitos outros casos de quebras de recorde de corrida na esteira. Tem uma irlandesa cega que correu 130 km e também bateu o recorde mundial. Enfim… são vários recordes registrados no Guinnes.
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