Dani-se. Vou Correr: Movimento esportivo e social! Faça parte

Espírito Santo, 01 de fevereiro de 2019.

Olá, apresento a vocês, corredores, seguidores, amigos e familiares, o portal Dani-se. Vou Correr! idealizado e produzido por mim, Daniela Paiva Künsch, jornalista-empreendedora de 37 anos. Muito mais do que uma expressão escrita com erro de grafia ou um trocadilho com o meu nome. Dani-se. Vou Correr! é um MOVIMENTO esportivo e social cujo objetivo é propagar a cultura da corrida e estimular a prática dessa atividade física em busca da liberdade espiritual e de uma melhor qualidade de vida.

Através desse portal, vou convocar e estimular seguidores e novos adeptos da corrida a aderirem esse sutil e revolucionário movimento. Pessoas que estão sofrendo de depressão, acima do peso, frustradas em derrotas profissionais ou tomadas por pensamentos negativos vão encontrar, aqui no Dani-se, estímulo, incentivo, inspiração e parceiros para correr lado a lado, dividir angústias para enfrentar não apenas seus limites pessoais, mas principalmente os impostos pelos anseios da sociedade.

A idealização desse projeto surgiu a partir da minha experiência pessoal. Nos últimos anos, as pressões pessoais e da sociedade fizeram com que eu me sentisse inferir a tudo e a todos. Terapia, autoajuda, coaching, técnicas de desenvolvimento pessoal… nenhum desses recursos me mostrava saídas. Por mais que eu forçasse a minha visão para olhar o mundo de outra maneira, meus olhos não alcançavam o grau que me fizesse enxergar aquela luz no fim do túnel.

Em 2018, um dia após ter sido demitida de um cargo que ocupava há 11 anos, passei horas reunindo minhas forças para sair de casa e ir dar um treino de corrida. Enquanto amarrava o cadarço do tênis, ouvia as notícias na TV sobre a insegurança nacional às vésperas do processo eleitoral mais conturbado do país.

Naquele momento, eu estava vivendo o período mais difícil da minha vida e só queria ouvir a voz da minha mãe – que após uma dura batalha contra o câncer nos deixou alguns meses antes. Levantei da cadeira e nos primeiros passos senti nos ombros um peso muito maior. Fui me arrastando de casa até o calçadão parecendo levar na alma a autoestima devastada por uma tonelada de pressão e insegurança.

Comecei a correr e, nos primeiros metros, as lágrimas escorriam, encharcavam meu rosto e eu me recusava a enxugá-las. “’Dani-se!’ Vou continuar correndo”, pensei. Quando o GPS apitou a conclusão do primeiro quilômetro percorrido, quase que instantaneamente, as lágrimas secaram e eu já me sentia mais leve. Aumentei o som, me concentrei na respiração e comecei a ser tomada por uma sensação de relaxamento. Como assim, relaxamento? Eu estava correndo e em um pace que – nos dias comuns de treinos – não era o mais confortável pra mim. Continuei. Eu saí disposta a fazer 10km e, quando me dei conta, já estava na altura dos 5km.

Fiz o retorno com uma leveza estranha. Nem parecia a Dani que meia hora antes precisou erguer uma tonelada de dor depois de calçar os tênis. O joelho, que estava reclamando na época, nem chiou.

E foi nessa volta pra casa que eu corri em direção à minha nova vida. No caminho dos últimos 5km desse treino – que quase não aconteceu – implorei para que a depressão fosse dar um mergulho no mar antes de tentar me afogar. Foi nesse percurso que busquei e encontrei tudo o que a pressão, as perdas e as angústias arrancaram de mim. E, assim que concluí os 10km e desliguei o GPS, dei o “start” no Projeto Dani-se e tive o real entendimento do que a corrida proporciona para a minha vida: Mudança e capacidade de transformação.

TRANSFORMAÇÃO

Sim, a corrida nos permite mudar e nos transformar. Quando nos tornamos um corredor é natural pensar o tempo todo em mudança. Queremos mudar de pace – reduzir ou aumentar a velocidade, de terreno – do asfalto ao topo da montanha, de distâncias – das curtas para as mais longas…

Quem você era a primeira vez que correu? Quem você se torna a cada linha de chegada? Eu mudei. Me transformei. Meus valores, princípios, conceitos, pré-conceitos. O peso na balança, a cor do cabelo… Enfim, a Dani que fez sua primeira prova de corrida em 2012, com dificuldades para respirar e usando um tênis completamente inapropriado, se transformou ao longo desses sete anos. E se hoje eu me permito falar dessa ‘Dani’ em terceira pessoa é porque já não me reconheço mais nela.

Fui além da transformação. Passei por uma metamorfose. A princípio, a corrida seria para mim apenas uma aliada contra a obesidade. Mas todo o peso que ela tirou de mim se transformou em força na minha luta contra a depressão. E assim, a cada meta batida ou sequer alcançada, eu estou mudando, amadurecendo e crescendo.

VEM CORRER COMIGO?

Hoje realizo um grande sonho. Mas não quero vivê-lo sozinha. Por isso, faço o convite a vocês, seguidores, amigos e familiares e até aqueles que ainda não me seguem. Vamos mudar e nos transformar através da corrida? Lanço o Movimento Dani-se. Vou Correr! e declaro a abertura desse portal para receber e cadastrar todos que quiserem aderir e abraçar esta causa verdadeiramente transformadora!