Saúde do Corredor

Sob forte calor, temperatura do corredor pode chegar até 60ºC

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O intenso calor e a baixa umidade relativa do ar registrados no final deste verão podem levar os corredores a altos níveis de hipertermia e lesões. Por isso, Dani-se convoca seu time de especialistas para informar e alertar sobre os riscos que a prática da corrida realizada em altas temperaturas pode provocar em atletas profissionais e amadores.

Sensação térmica é uma combinação de temperatura e umidade relativa do ar. Na última semana de fevereiro, na Grande Vitória, a umidade estava a 64% em uma temperatura média de 37ºC. Com isso, a percepção de calor ficou, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em torno de 50ºC e 51ºC.

O preparador físico e fisiologista, Helvio Affonso, explica que a sensação térmica para um corredor que treina em altos índices de calor pode ser superior em mais de 10ºC da registrada pelos órgãos de meteorologia. “Para o corredor, essa sensação, poderia ter chegado até 60ºC, por exemplo. Isso ocorre porque como a umidade é alta, a condição de superaquecimento do corpo do corredor também aumenta”.

Enquanto o corpo do atleta tenta driblar os efeitos do calor, gerando intensa sudorese, ocorre uma enorme perda de líquidos e sais minerais. Se o corredor não repõe essa perda, através da ingestão de líquidos e água, a desidratação ocorre. “É preciso controlar a temperatura corporal para ela não subir demais, jogando água e até gelo pelo corpo. Também é necessário priorizar as bebidas esportivas, que repõem os eletrólitos, muito além da água. Caso contrário, ocorrerá a temida hipertemia”, explica Helvio Affonso.

A progressão da desidratação dificulta a queda da temperatura corporal. Isso porque a temperatura do corpo naturalmente já aumenta devido à produção de calor durante a prática da atividade física.

“Os efeitos do calor podem provocar desde episódios de queda de pressão, tontura, desmaio, vômitos, até a hipertemia, lesões neurológicas, sobrecarga renal até a morte. Inclusive, tenho percebido em atletas do Espírito Santo um alto nível de estresse térmico apontado por marcadores cardíacos por conta dos treinos realizados em altas temperaturas”, relata Helvio.

Diante desses sinais de alerta, que apontam para um risco eminente e que pode levar à morte, precaução é a palavra de ordem! “Não se sinta totalmente protegido apenas por cremes e protetores. Escolha roupas com proteção térmica. Adote estratégias para controlar a temperatura corporal. Não descuide da hidratação com eletrólitos e priorize a alimentação COM carboidratos. Uma dieta com baixa energética pode complicar ainda mais os episódios de desidratação. Longões e intervalados com muitos tiros, sem controle de temperatura, devem ser evitados nos horários com maiores registros de temperatura”, alerta Helvio.

Há benefícios para os treinos realizados no calor? Sim! “Se for o horário que vai competir, o treino simula as condições senão exatas, mas parecidas com o dia da prova. Ou seja, você estará adaptado às condições climáticas. O importante é gerar essa adaptação em doses de treinos “homeopáticas”, assim você vai condicionando e especificando”.

Não deixe o motor ferver no calor! Hidrate-se e alimente-se

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