Saúde do Corredor

Entenda os gatilhos e saiba como melhorar a ansiedade

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Antecipar o futuro, entrar em estado de sofrimento por algo que hipoteticamente poderá acontecer. Assim o psiquiatra da Unimed Vitória Vicente Ramatis define a ansiedade, um transtorno que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afetava 18,6 milhões de brasileiros já em 2019. 

Chegando ao final do janeiro branco, mês que chama atenção para a importância da saúde mental na vida de todos, o psiquiatra faz um alerta sobre a ansiedade: “o comportamento ansioso faz parte do dia a dia da maioria das pessoas em maior ou em menor intensidade. Mas há casos em que ela passa a ser o gatilho para doenças psicossomáticas, ou seja, doenças da mente e do corpo.  Há pessoas que têm alteração do apetite, ou comem mais ou menos; alterações do sono, ou dormem muito ou pouco. Há quem manifeste doenças orgânicas, como gastrites e úlceras, hipertensão arterial. Em outros casos, o indivíduo começa a perder os cabelos”.

De acordo com Ramatis, os gatilhos da ansiedade podem surgir de um fator ambiental, como um ambiente estressante ou tóxico de trabalho, mas também podem ser fruto de hábitos de vida não saudáveis, como uma alimentação ruim.

“A disfunção intestinal pode gerar quadros de ansiedade. Mais de 90% da serotonina, um importante neurotransmissor,  é produzido na área intestinal. Por isso, pessoas que não têm bons hábitos alimentares com toda a certeza terão maior predisposição a quadros de ansiedade, depressão, irritabilidade e daí por diante”, explica o médico. 

Mas, características genéticas também podem estar por trás do problema. “Nós não herdamos só as características físicas. Herdamos também as características psíquicas. Elas estão muito presentes na vida da pessoa”, aponta Ramatis.

Controlando a ansiedade

O psiquiatra pontua que existem medidas simples que podem ajudar a controlar a ansiedade no dia a dia, desde que colocadas em prática. “Primeiro, manter uma alimentação saudável; segundo, evitar o consumo de álcool; terceiro, praticar atividades físicas com regularidade e, em quarto lugar, meditar. A meditação deixou de ser uma ideia romântica, alternativa, pois a ciência já comprova a sua eficiência”.

O médico afirma que todos devem buscar auxílio psicológico e psiquiátrico quando percebem que a ansiedade já começa a dificultar que as tarefas do cotidiano, como o trabalho, sejam realizadas.

Além disso, Ramatis chama a atenção para o abuso do uso de tranquilizantes, ansiolíticos, que além de serem capazes de provocar dependência, entre outros transtornos, não tratam a causa do problema. “O acompanhamento por um especialista é fundamental”, enfatiza o psiquiatra. 

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